13 DE AGOSTO DE 2024 - QUERIDA FÁTIMA

 

Nota: Logo após esta carta para minha querida Fátima, estou anexando textos variados de reflexões e de percepções da conjuntura. Então, vai ser uma tira grande.

QUERIDA FÁTIMA = 13 DE AGOSTO DE 2024 

Querida Fátima. Feliz aniversário. Hoje, 13/08/2024, mais um ano sem você presente fisicamente mas o tempo todo, todos esses anos, sem você mas, tendo você no meu pensamento. Agora pouco ouvi de novo aquela música do Milton Nascimento, Coisas da Vida, lembra, a primeira música do cd que a gente colocava para ouvir na volta de São Paulo, normalmente no início da noite, de volta de algum passeio em São Paulo.

Quando em um momento mais calmo do início da rodovia, a gente colocava o CD, porque dali, o caminho seria um pouco longo, um pouco monótono devido o início da canseira do dia. Com a música tocando, você ali do lado, satisfeita por estar voltando de São Paulo, cansada mas satisfeita e eu, ali do lado, dirigindo e me sentindo feliz em te ver tão bem naquele encerramento de passeio, que você sempre adorava.

Enfim é hoje. Dia 13, em que paro para me quedar feliz por ter tido toda uma vida a seu lado sempre sentindo tudo de bom por caminharmos juntos, na luta, nos sonhos, na criação dos nossos maravilhosos filhos e eu continuo me esforçando por eles e também com o nosso netinho Davi que acabou de fazer 9 anos, como se você estivesse conosco também, no dia a dia. Sei que está. Sei que nos acompanha. Quero dizer mais uma vez, o quanto te amo e um feliz aniversário presente nesta data, com toda a nossa família. Beijos, querida. Feliz aniversário, querida Fátima. Do seu Júlio. 13/08/2024.

 

 

https://forbes.com.br/forbeslife/2024/08/o-que-explica-a-qualidade-e-popularidade-do-judo-brasileiro/

 

Missora Hibari – Yawara – Youtube.

https://www.youtube.com/watch?v=7nKweGiUdhU

 

 

12062024

ESPERANDO GONET

Há um momento de não falar. Não falar pode significar aguardar o encerramento. No caso da nação, não é de um desfecho apenas. É de um cansaço depois de um tudo. Não há nada para falar. Só aguardar, Gonet.

Tudo se passou como se fosse possível. Setores, militares e ligados a militares, jogaram tudo, inclusive suas credibilidades para segurar a marcha do progresso. Nem foi contra algo do comunismo, como se tentou propalar. Combateram o progresso. Idiotas! Ainda que não seja o progresso esperado pela administração capitalista, é fruto do desenvolvimento desvairado do capitalismo. Algo assim como... deixar passar, deixar fazer...

Os milhares e milhões de pequenos grandes capitais dançam em mãos de poderosos e poderosas, que como jogadores e jogadoras, arriscam tudo para não ficarem sem nada.  Sabem que não existe e nem existirá quem ou o que lhes garanta manter o patamar de ascensão. Arriscam o tudo ou nada porque não têm outra alternativa. Essa é uma fase do capitalismo pululante, desdobramento sem lastro dos capitais que se derramam das bolhas além PIB mundiais. Não haverá outra força para segurar isso além da barbárie. Talvez sejam necessárias guerras insanas o suficiente para se chegar a um momento de razoabilidade.

 

 Todo mundo sabe. Conforme Beckett quase falou, estamos aqui inertes com um quase grito parado no ar, esperando. Não para ver se o Gregor viraria mesmo barata. É um momento, um período curto mas compreensivelmente parecido com uma longa travessia em absoluto,

 

MUNDO DE PARALELOS CONDENSA SÉCULO EM UM PACOTE SÓ...

Júlio Miyazawa, 22 e 23072024.

É o que eu vi. Estão ali, Caetano, Chico, Betânia, e agora pouco mesmo, vi uma notinha sobre o Djavan. Um jornalista comentou hoje que o ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso não ia estar em uma atividade em que poderia ser esperado. Me lembro do candidato a senador Fernando Henrique Cardoso, que o apoiamos. Na época ele era um intelectual cheio de charme, badalado e tinha na campanha duas famosas artistas, Bruna Lombardi e Regina Duarte, duas belas figuras que completavam o charme da candidatura. Além do mais, era do PSDB partido que crescia no centro, com um pé na esquerda, os chamados tucanos de bico vermelho. Lembro que o Angelo, meu irmão, aproveitava suas andanças pelo interior de São Paulo para disseminar a idéia de grupo dos onze, me parece, que era formar um círculo de apoiadores com onze membros em cada lugar. A idéia era que nascessem muitos círculos nas regiões. Votamos nele e ele foi eleito suplente de senador.

É para dizer que eu estava lá com eles e elas e estamos todos e todas aqui também. Mundos paralelos são isso. Tudo condensado em um breve momento permanente que circula na nossa cabeça, porque não dizer também, memória.

Enquanto acompanhamos as maravilhas dos ChatGPTs e das IAs ficamos aqui lembrando dos primeiros computadores, internet, laptops e celulares. E não por acaso, me lembro da primeira televisão colorida que vi de longe, de uns 40 a 50 metros de quintal da professora, na minha cidade natal de Monte Alto, isto antes dos anos 1963, já nesse ano estava vindo morar com a família em São Paulo. Parece que Angelo, Dina e Ida vieram na frente e ficaram morando na casa dos tios, na rua Conselheiro Furtado em São Paulo. Foi naquela casa que meu pai foi conhecer a minha mãe para um casório chamado miai. Foi algo engraçado aqui porque jovem Kurô, meu futuro pai, gostou logo na primeira vista da pretendida, só que ele olhou de longe, havendo da sala onde estavam o Sr. Kurô e meu tio, um longo corredor e que naquele momento, apareceu na visão da cozinha a irmã da minha mãe que meu futuro pai simpatizou. Assim, quando mais tarde estiveram juntos, aí sim, a jovem Cisuco, em um chá de apresentação, meu pai notou a troca, pois estava ali a Cisuco e não a irmã mais velha que ele havia visto mais cedo.  Não sei se o jovem meu pai demonstrou que houve uma troca mas os dois acabaram se casando e dando certo por mais de 30 anos, com onze filhos, até a morte meu pai, por volta de 1966.

Após este breve momento familiar, retomo a especulação sobre o século condensado, em alguns anos, talvez alguns meses, quem sabe em dias. Já se falou que há século que cabe em um ano e vice versa, anos que valem por séculos.

Parece perdido na história as lutas pelas liberdades e por justiça social, englobando aí, a luta de revolucionários e revolucionárias pela igualdade, traduzida quase sempre pela luta por uma sociedade comunista. Mas, não está tão perdido na história, até podemos dizer na histórica contemporânea de hoje, tendo em vista que estão aí, entre os revolucionários e as revolucionárias, Dilma Rousseff, José Genoino, José Dirceu...estão aí, na luta.

Nesses dias mesmos, me parece, há uns quinze a vinte dias, vi um artigo sobre um dos livros da Simone de Bouvoir. Me lembro dos dois, Simone e Jean Paul Sartre em viagem ao Brasil. Sartre se notabilizou por sair do partido socialista do qual fazia parte na França para ingressar no agrupamento Maoista, pregando em portas de fábrica pelo comunismo. Então é isso. Sartre que fez a cabeça de milhares, talvez milhões, principalmente naquilo que articulava em torno do Existencialismo, ligando idéias e comportamentos de uma juventude libertária, jovens rebeldes como os hippies já chamados de cabelos longos, idéias curtas... Nesse período de agitação é que nascem os Beatles e os Rollings Stones, entre outros.

É preciso muito estudo para poder se interpretar com certa veracidade as questões das guerras do Vietnã, os Vietcongs da música - Era Um Garoto que Como Eu Amava Os Beatles e os Rollings Stones -  de Giani Morandi, da Coréia, em que os Estados Unidos procuraram não só vencer as guerras, mas dizimar as populações que cresciam sob o signo da liberdade e da autonomia. Não conseguiram dominar a região mas dizimaram. Não conseguiram dominar como sempre fazem, mas dizimaram, um dos seus objetivos. Então, se questiona (a verdade), porque dizimar esses países que lutavam pela sobrevivência da própria população, porque era preciso dizimar nações?

O que mais se fala hoje em dia é a questão da polarização, mas, há décadas, a maior polarização persiste entre Estados Unidos e Rússia. Período contado por décadas, não com tanta razão circunstancial como se fala dos anos Setenta, mas continua a polarização que leva a Rússia a procurar manter um certo domínio sobre os povos e nações limítrofes e sua aliança com a China e, também, de uma certa forma, com a Índia. Mas, o que estamos querendo ressaltar agora é a polarização tecnológica que durou anos principalmente após a revolução Russa e as primeiras décadas do comunismo russo, até o período da Perestroika de Mikail Gorbachev nos anos 1930 em que as mudanças ocorridas na Rússia no período junto com a Glasnot. Após essa abertura política e econômica, em 1991, teve a renúncia de Gorbachev e assume Boris Iéltsin com a responsabilidade de conduzir um novo tipo de polarização. Porém, a ameaça comunista esteve sempre presente nas lutas operárias dos Estados Unidos, Reino Unido e Europa em todas essas décadas contribuindo para consubstanciar o fator ideológico de confronto de classe e o fortalecimento operário, na luta de classes. Então, quando se fala que o capitalismo venceu, é preciso reconhecer que o sistema capitalista teve que fazer concessões na luta de classe como se fosse uma pacificação, mas não o é, é sim um armistício as concessões políticas e econômicas obtidas pela população, ou como se costuma falar, a continuidade da guerra com outras armas...

Então, pensando o fator econômico e social do capitalismo predominante na maioria dos países e nações do mundo, além dos periféricos, ainda hoje, a política de guerra fria e polarização ideológica tem contribuído para respaldar certos tipos de desenvolvimento que não se realizariam sem se levar em conta essas ameaças, ou se utilizar essas ameaças para a expropriação da renda de toda a nação, gasto utilizado para tocar em frente esses certos tipos de desenvolvimento. Mesmo com um sistema econômico de liberalismo radical, é preciso lembrar que o Estado continua sendo o mecanismo que consolida a dominação política econômica existente. Assim sendo, voltemos ao ponto de partida que procuramos tratar as transformações políticas e econômicas deste passado recente que acaba sendo ou pelo menos parecendo ser contemporâneo de hoje, modo de se dizer, ao situarmos a questão informando que o futuro é hoje, já faz algum tempo.

Também é preciso levar em conta que a longevidade tem permitido o ser e estar que torna possível dimensionar períodos variados de transformações que até podemos considerar, de um certo modo, encadeadas o que nos leva a definir como curtos em razão do acumulado que se acumula quase que cada cadeia empurrando outra ou abrindo espaço para uma nova existência e por isso é possível considerar sim, mundos paralelos intervenientes e sobrepostos, isto é, existem sim e a observação de que nenhum deles exclui a existência de qualquer um outro, tornando possível nos ater ao todo, mesmo que às vezes, por uma aparência factual, estejamos navegando em uma única sequência, o que nos integra ao todo, embora não nos damos conta dessa situação imediatamente. Pronto, já disse tudo.

 

 

 





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